Visto

História de Violência

Gostei da forma desconcertante como o filme suscitou em mim centenas de questões muito pertinentes e me levou a tirar algumas conclusões.

O próprio filme é uma história de violência fora do comum de várias pequeninas histórias de violência quotidiana. A violência é abordada de forma muito crua e na maior parte do filme banalizada, ironizada e ridicularizada (a plateia ria nas cenas de maior intensidade e crueldade).

O filme mostra o que há muito sabemos da natureza humana, que todos nós temos a nossa própria história de violência e que somos bombas relógio prontas a explodir e a cometer as maiores atrocidades basta estarem todas as condições psicológicas necessárias reunidas: desespero, necessidade de sobrevivência, subida de adrenalina, stress, descontrolo, gozo, etc...

Saí do filme com estas muitas perguntas na cabeça: onde começa a violência?, quem traça socialmente os limites do que é ou não violência, auto-defesa e sobrevivência deixa de ser violência?,A violência quando banalizada e transformada em piada deixa de o ser? onde começa a auto-defesa e acaba a violência?, conheço verdadeiramente as pessoas que me rodeiam? qual a minha fronteira de violência? quais as circunstâncias que me levam a acreditar no que é ou não violência? etc...